A primeira decisão como Rei, em 1325, foi exilar o meio irmão para Castela. Está-lhe no sangue estas quezílias familiares! Ao que parece, o mano, apesar de bastardo, era o preferido do paizinho Dinis, já que o rapaz também tinha tendência para as cantorias!
Agora atentem a esta mistura:
Em 1309, casou-se com D.Beatriz, filha do Rei de Castela. Tiveram uma filha, D.Maria de Portugal, que casou com o, então, Rei de Castela. Este tinha por avós os pais de D.Beatriz, e D.Dinis e D.Isabel... ou seja, D.Maria e D.Afonso XI de Castela (que era o nome do esposo da moça) tinham os avós em comum, logo era primos direitos!! Claro que a coisa não correu bem, porque dizem à boca piquena que o marido maltratava a mulher/prima, e que o casamento era infeliz! O pai, sabendo isto, não achou graça nenhuma e houve outra vez chapada na familia!!
D. Afonso IV de Portugal declarou guerra ao D.Afonso XI de Castela, ou seja o tio/sogro declarou guerra ao sobrinho/genro, e estiveram quatro anos a discutir até que a própria D.Maria de Portugal e Castela, ou seja, a filha/mulher/prima, veio pôr paninhos quentes na coisa.
Mas D.Afonso IV, não estava destinado a ter um reinado fácil. Em 1343 houve carência de cereais no reino, em 1347 houve um terramto que abalou Coimbra fazendo uma série de estragos e em 1348 chegou a Portugal a terrível Peste Negra.... Foi o que mais abalou o Reino, tendo vitimado grande parte da populaça, mas D.Afonso esteve sempre à altura, tomando medidas de prevenção, aliás foi essa sua faceta de empreendedor perante as dificuldades que lhe deu o cognome de O Bravo.
Ultrapassada esta arduosidade, o Rei teve de enfrentar até ao fim do seu reinado conflitos e intriga politica devido a forte presença castelhana no país, e por causa da paixão de D.Pedro (legítimo sucessor) e a nossa querida Inês de Castro, que por acaso ainda era prima do D.Pedro, por parte do Avô D.Sancho IV de Castela (o pai de D.Beatriz), logo tinha por simpatizantes os castelhanos, logo o seu casamento com o D.Pedro não era visto com bons olhos pelo Bravo, e o único neto legítimo que poderia ser Rei, era o D.Fernando, uma criança doente...
Ora o nosso Afonso, pensando que resolveria a situação, mandou matar a nossa ... snif.... querida... snif snif... Inês... buáááá... snif..desculpem, mas é uma estória que me emociona imenso... Pronto, já está... fung fung.!
Estava eu a dizer, que o D.Afonso mandou matar a Inês, o D.Pedro ficou pior que piurso, perdeu a cabeça e saqueou ao paizinho o Norte de Portugal em 1355, ano da morte horrenda, hedionda, monstruosa, medonha, horrorosa de D.Inês. Só fizeram as pazes em 1357, pouco antes da morte de D.Afonso.
O Rei teve sete filhos legítimos e uma filha Natural, que, fora D.Pedro e a D.Maria (a primeira), foi das que viveu mais tempo... era um tempo difícil para ter filhos!! Foi D.Pedro I que sucedeu ao pai, já que os outros faleceram em criança.