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Aqui vamos contar história.História do Homem, da Terra, da Europa, de Portugal.História real e Estórias lendárias...Pedaços da vida que conhecemos e que me vêm parar às mãos.Vou tentar transmitir a História duma maneira mais leve, por isso perdoem-me os historiadores se às vezes brincar com coisas sérias.Gostava de possuir todo o conhecimento da História, para perceber melhor sobre tudo...Wish me luck...cá vai...

D.Fernando I - O Formoso







Ou o Belo, pela beleza que, dizem que tinha, e o Inconstante ou o Inconsciente, pela maneira desastrosa que reinou entre 1367 e 1383.



Estava há dois anos na cadeira Real e já começou a fazer das suas.

O Rei de Castela morre sem sucessão e D.Fernando, que pela mistura de sangues entre as duas familias, ainda era Castela por parte de D.Sancho IV ( bisavô deste e curiosamente avô de D.Inês de Castro). Logo se mostrou disponível para tomar posse do trono de Castela, o que, obviamente, não agradou os vizinhos e os outros interessados na Cadeira Castelhana...



Um deles, D.Henrique, era irmão bastardo do falecido Rei de Castela e autodeclarou-se Rei de Castela. Ao que parece, para arrefecer os animos, ou para os distrair, oferece a mão de sua filha em casamento ao nosso D.Fernando. Mas antes que o casamento pudesse ser concretizado, D.Fernando enamora-se pela mulher de um dos seus cortesãos e vai o outro casamento por àgua abaixo.


D.Leonor Teles de Menezes torna-se então a Rainha de Portugal, em 1372, e às escondidas, já que a senhora já vinha usada e com um filho do anterior casamento, este com o Rei não era muito bem visto. Para além disto, e muito mais politicamente importante, descendia dos Reis de Leão e Galiza para além de ainda descender de D.Sancho I de Portugal... Ora aqui está mais uma mistura consanguínea.
Passadas as complicações com Castela, o nosso D.Fernando quis dedicar-se ao país, mandou restaurar uns castelos aqui, mandou fazer outros ali..sim, mandou, porque mexer-se tá quieto... enfim... Contribuiu para o desenvolvimento da agricultura, fazendo a Lei das Sesmarias que proibia que as terras fertéis tivessem meses de pousio, ou seja tinham que estar sempre a dar.
D.Fernando também se debruçou sobre o desenvolvimento mercantil de Portugal, há relatos de em Lisboa, importante porto na altura, haver varias nacionalidades entre os mercadores. Também mandou fazer umas leis que autorizavam o abate de madeira para a construção de melhores e maiores navios. Criou a Companhia das Naus, que obrigava todos os navios a estarem inscritos nela e a dar uma parte do lucro das suas viagens para a coroa que depois pagava os estragos e perdas de outros navios.
Mas o nosso D.Fernando era um frouxo. Era por demais influenciado pela víbora da D.Leonor, que engendrou o plano muito bem engendrado, e conseguiu que a sua única filha legítima D.Beatriz casasse com D.João I de Castela, o que fazia com que Portugal ficasse anexado a Castela o que CLARO foi do desagrado da classe média e nobreza Portugueza. Ela já não era muito bem vista com esta então... bom...


Quando D. Fernando - a criança doente, única esperança de seu Avô D.Afonso IV - morre, Portugal fica em maus lençóis. A dinastia de Borgonha, que começara com o nosso saudoso D.Afonso Henriques, chegue ao fim. D.Beatriz (na foto com a sua bela trunfa), última soberana de jure da dinastia de Borgonha está casada com o Rei de Castela, e o trono fica à guarda de D.Leonor Teles... mas não ficaria assim por muito tempo...